Corredor bioceânico abre saída pelo Pacífico
A abertura de um corredor logístico, com investimentos em ferrovias e rodovias, atravessando os países do Mercosul e o Chile, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico, é a alternativa para intensificar o comércio exterior dessas nações.
Para detalhar melhor essa ideia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) contratou um estudo para identificar os principais gargalos que precisam ser resolvidos para implantar a iniciativa.
As empresas que participam do consórcio responsável pelo levantamento são a Enefer, Consultoria, Projetos; Trends Engenharia e Infraestrutura; Vetec Engenharia; Ernst & Young Assessoria Empresarial e Siqueira Castro Advogados.
O consultor da Enefer, Affonso Cardoso Palmeiro, diz que entre os temas da pesquisa estão as situações ferroviárias, rodoviárias, de hidrovias, comércio exterior e crescimento da economia dos países do Cone Sul. Entre os principais obstáculos já apontados para a integração regional estão a demora no tempo de passagem de cargas pelas fronteiras e a travessia dos Andes.
Dificuldades como essas, afirma Palmeiro, fazem com que os fretes entre Brasil e Argentina aumentem de 20% a 30% anualmente. Em alguns casos, as cargas chegam a levar de dois a três dias para serem liberadas, o que gera o ônus do caminhão parado. No caso dos Andes, as condições do território e do clima fazem com que os veículos gastem cerca de cinco vezes mais combustível do que se transitassem em uma linha reta.
Por Jornal do Comércio/RS
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