O Anel Rodoviário e o Rodoanel
Fonte: Gustavo Valadares – Deputado Estadual (DEM-MG) – O TempoRodoanel tem o mesmo orçamento do Anel: R$ 800 milhões
Mais uma vez, depois de um gravíssimo acidente que vitimou cinco pessoas no Anel Rodoviário, o Dnit e as autoridades voltam a falar em medidas para evitar outras tragédias e, ainda, das esperadas obras de reforma da via, emperradas pela burocracia e morosidade típicas de governos que adotam modelos de gestão arcaicos e ineficazes.
Essa situação mostra o descaso do governo federal, que não dá atenção ao quadro trágico dessa rodovia, assim como faz com a BR-381, no trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, passando pelo Vale do Aço. Essas estradas, de responsabilidade da União, necessitam, em caráter de urgência, de intervenções para minimizar o número de acidentes, que aumentam a cada dia e agonizam os usuários.
A questão é tão drástica que o governador Antonio Anastasia chegou, no ano passado, a propor ao Ministério dos Transportes que as obras de revitalização do Anel fossem transferidas para o governo mineiro para agilizar esse processo, emperrado no Dnit e agora embargado pelo TCU, que desprezam a situação calamitosa da via. A obra, prioritária para melhorar as condições de tráfego, seria executada num importante eixo de ligação da região metropolitana, fundamental para a Copa de 2014.
A solução definitiva para o problema do Anel Rodoviário de Belo Horizonte passa pela construção do novo anel viário do contorno norte ou Rodoanel, como vem sendo chamado o projeto que ligaria a BR-381 à BR-262, saindo das proximidades de Ravena, em Sabará, e indo até Betim, passando por mais seis cidades da região metropolitana. Com cerca de 68 km de extensão, a obra está orçada em aproximadamente R$ 800 milhões – o mesmo valor previsto para as reformas do atual Anel -, mas sem previsão de início. A nova rodovia deverá retirar parte do tráfego do atual Anel, especialmente de caminhões, transformando a via numa grande avenida metropolitana.
Essa obra é imprescindível para a região metropolitana e o prefeito de Belo Horizonte precisa liderar o movimento para a sua construção.
No entanto, antes será preciso adotar medidas imediatas e paliativas, como o aumento do número de radares e a adoção de uma política permanente de fiscalização e educação para os condutores dos cerca de 130 mil veículos que trafegam diariamente pela rodovia, de tal forma a produzir a conscientização e compreensão de todos para se evitar a repetição de tragédias.
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