Por Eboh Camilo
ABUJA (Reuters) - A Nigéria adiou as eleições parlamentares e presidenciais por uma semana no domingo, uma vez que a logística da votação não foi resolvida a tempo. O adiamento é um grande constrangimento para o país, que esperava romper com um passado histórico de eleições caóticas.
O país mais populoso da África agora realizará eleições parlamentares em 9 de abril, eleições presidenciais em 16 de abril e eleições para governador para 36 Estados em 26 abril, informou o chefe da Comissão Eleitoral, Attahiru Jega.
A Nigéria foi forçada a cancelar as eleições parlamentares no sábado, depois que os materiais de votação não chegaram a tempo a boa parte do país.
Inicialmente, as eleições foram remarcadas para segunda-feira, mas os partidos políticos se queixaram do prazo apertado.
"Após consultas com as partes interessadas, a comissão constatou que há um consenso para remarcar as eleições", disse Jega. "Todos os partidos políticos endossaram essas recomendações sem reservas", disse ele a repórteres.
As eleições no país desde o fim do regime militar, há 12 anos, foram marcadas pela corrupção e intimidação. As eleições de 2011 são ansiosamente aguardadas como uma oportunidade para romper esse ciclo.
"É uma ocorrência muito decepcionante. Atrapalha todos os interessados nas eleições. É decepcionante para a Nigéria", disse à Reuters Julio Mucunguzi, porta-voz da missão de observação da Commonwealth,.
Apesar da postura otimista de Jega, o caos logístico é um enorme constrangimento para ele e para o presidente Goodluck Jonathan, que prometeu como uma de suas prioridades a organização de eleições legítimas quando assumiu o poder no ano passado, com a morte de seu predecessor.
Jega recebeu 88 bilhões de nairas (570 milhões de dólares) em verbas, em agosto do ano passado, apenas para reformular as listas de eleitores e comprar urnas adicionais, levando alguns nigerianos a questionar se o investimento valeu a pena.
Teorias da conspiração já abundavam depois do primeiro adiamento. Rumores falam desde um complô para desacreditar a Comissão Eleitoral por um grupo que teria medo de eleições livres até uma tentativa do partido de situação de se manter no poder.
O site de notícias Sahara Reporters, criado por nigerianos nos Estados Unidos, disse que o Partido
Democrático Popular (PDP) estava perdendo em áreas onde a votação começou no sábado.
Para aumentar a confusão, também houve relatos de nomes ausentes da nova lista eleitoral, e de um partido de oposição ter sido completamente excluído das cédulas de votação para Senado, em Lagos.
O comissário eleitoral do Estado de Kano, Danyaya Abdullahi, disse à Reuters que ele não tinha mais cédulas suficientes para cobrir todos os eleitores registrados, depois que mais de 1 milhão foram utilizadas no sábado.
(Reportagem adicional de Joe Brock em Port Harcourt, Tife Samuel em Yenagoa, Penney Joe em Kano, Mshelizza Ibrahim em Maiduguri)
ABUJA (Reuters) - A Nigéria adiou as eleições parlamentares e presidenciais por uma semana no domingo, uma vez que a logística da votação não foi resolvida a tempo. O adiamento é um grande constrangimento para o país, que esperava romper com um passado histórico de eleições caóticas.
O país mais populoso da África agora realizará eleições parlamentares em 9 de abril, eleições presidenciais em 16 de abril e eleições para governador para 36 Estados em 26 abril, informou o chefe da Comissão Eleitoral, Attahiru Jega.
A Nigéria foi forçada a cancelar as eleições parlamentares no sábado, depois que os materiais de votação não chegaram a tempo a boa parte do país.
Inicialmente, as eleições foram remarcadas para segunda-feira, mas os partidos políticos se queixaram do prazo apertado.
"Após consultas com as partes interessadas, a comissão constatou que há um consenso para remarcar as eleições", disse Jega. "Todos os partidos políticos endossaram essas recomendações sem reservas", disse ele a repórteres.
As eleições no país desde o fim do regime militar, há 12 anos, foram marcadas pela corrupção e intimidação. As eleições de 2011 são ansiosamente aguardadas como uma oportunidade para romper esse ciclo.
"É uma ocorrência muito decepcionante. Atrapalha todos os interessados nas eleições. É decepcionante para a Nigéria", disse à Reuters Julio Mucunguzi, porta-voz da missão de observação da Commonwealth,.
Apesar da postura otimista de Jega, o caos logístico é um enorme constrangimento para ele e para o presidente Goodluck Jonathan, que prometeu como uma de suas prioridades a organização de eleições legítimas quando assumiu o poder no ano passado, com a morte de seu predecessor.
Jega recebeu 88 bilhões de nairas (570 milhões de dólares) em verbas, em agosto do ano passado, apenas para reformular as listas de eleitores e comprar urnas adicionais, levando alguns nigerianos a questionar se o investimento valeu a pena.
Teorias da conspiração já abundavam depois do primeiro adiamento. Rumores falam desde um complô para desacreditar a Comissão Eleitoral por um grupo que teria medo de eleições livres até uma tentativa do partido de situação de se manter no poder.
O site de notícias Sahara Reporters, criado por nigerianos nos Estados Unidos, disse que o Partido
Democrático Popular (PDP) estava perdendo em áreas onde a votação começou no sábado.
Para aumentar a confusão, também houve relatos de nomes ausentes da nova lista eleitoral, e de um partido de oposição ter sido completamente excluído das cédulas de votação para Senado, em Lagos.
O comissário eleitoral do Estado de Kano, Danyaya Abdullahi, disse à Reuters que ele não tinha mais cédulas suficientes para cobrir todos os eleitores registrados, depois que mais de 1 milhão foram utilizadas no sábado.
(Reportagem adicional de Joe Brock em Port Harcourt, Tife Samuel em Yenagoa, Penney Joe em Kano, Mshelizza Ibrahim em Maiduguri)
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