O crescimento e a estabilização da economia brasileira trazem por consequência o aumento da atividade industrial.
Crescem também a exportação e a importação de mercadorias – pela criação de plantas, pela modernização de parques industriais e por uma série de movimentações que elevam o país a um status quo de progresso constante e inegável.
Integrando todo esse processo está a logística, responsável pelo ir e vir de cargas essenciais a esse crescimento. É importante compreender que a logística se insere num contexto mais amplo, extrapolando os limites da simples remoção, armazenagem e transferência de cargas. A cultura do integrador logístico global, responsável por aglutinar as interlocuções com os principais envolvidos da cadeia de fornecimento, orientando-os, fazendo a gestão de todos num objetivo único, é uma demanda cada vez maior no mercado. As empresas inseridas nesse contexto buscam não apenas uma prestação de serviço, mas a inteligência da gestão logística.
Quando se faz a gestão logística de projetos de investimento há de se levar em conta não só o embarque, mas todos os elementos que fazem parte desse processo. É preciso um minucioso planejamento, que mensura riscos e avalia todos os prós e os contras, analisando cada detalhe até o destino final. É preponderante que o planejamento aconteça levando-se em consideração as premissas administrativas, comerciais, fiscais, paralelamente à logística de transporte internacional e nacional.
Junte-se a isso a prévia obtenção das licenças das concessionárias das vias e dos órgãos reguladores do transporte no país, além do planejamento do acompanhamento policial, que precisa estar disponível no momento da operação.
Entre outros tópicos, esse planejamento é o responsável por geração de economia e pela contenção de custos. Com toda a operação organizada, a carga não fica ociosa, não há atraso de montagem dos equipamentos nem gastos com diárias de transporte. Uma vez gestora de todo o processo, é preciso produzir e distribuir toda a informação, municiando os participantes da operação com dados e pareceres. Conhecer o perfil da carga, a forma de carregamento, as peculiaridades de embalagem e afins garante a apuração de todo o custo, sendo possível ainda a cobrança aos agentes transportadores da manutenção de um custo mais baixo, em função de todo o conhecimento antecipado.
O planejamento e a programação também são importantes para o agente transportador, que saberá, de antemão, as necessidades bem ajustadas à realidade de cada projeto, conseguindo, assim, definir preços bastante competitivos, já que é possível desenhar bem o fluxo dos veículos com a maximização consciente de cada um deles.
A programação das operações visa a privilegiar o importador, que conhece antecipadamente o custo de transferência na origem, no transporte internacional e no território nacional, porque as empresas de comércio exterior firmam contratos com as transportadoras, que por sua vez se responsabilizam pelos custos indicados nas suas cotações, além de garantir que os equipamentos estarão disponíveis em quantidades e tipos previamente definidos.
O fato é que o trâmite gerado pelos processos que envolvem o comércio internacional é complexo. Faz necessária a obtenção da absoluta propriedade das várias regras, legislações e culturas envolvidas para que o processo se dê de forma mais ágil e eficiente. É necessário cautela de quem contrata, para que, em meio às tantas etapas e critérios, o cliente não perca oportunidades e, muito menos, investimentos.
Fonte: Estado de Minas